IOF: Entenda como ele impacta no seu Empréstimo
Já parou para pensar no tanto de siglas dos impostos que pagamos, Cofins, IPI, IOF. Parecem infinitas. Às vezes, ficamos até perdidos no meio delas sem saber ao certo para o que servem ou como impactam as nossas vidas. Por isso, neste artigo, você vai descobrir um pouco mais sobre o IOF e também como ele influência o seu empréstimo.
O Brasil, infelizmente, possui altas taxas para os créditos e empréstimos. Muitas vezes esses valores são referentes a juros preestabelecidos ou mesmo ao pagamento de impostos e tributos que incidem sobre essas operações.
No entanto, não se pode dizer que esta situação diminui a tomada de empréstimos no país. Segundo dados do https://www.bcb.gov.br/estatisticas/estatisticasmonetariascredito do Banco Central, em maio de 2021 foram movimentados um total de 12,4 trilhões de reais em empréstimos. Isso sem contar os destinados ao setor financeiro. Esse número reflete um aumento de cerca de 12% em relação ao mesmo período do ano passado. Assim, podemos dizer que no Brasil está operando mais empréstimos.
Os créditos pessoais também tem seu peso nessa conta. Segundo dados do mesmo órgão, essa modalidade de crédito foi responsável por cerca de 1,3 trilhões de reais, distribuídos em diversos tipos, como empréstimo pessoal consignado, não consignado, aquisição de veículos, etc. A tomada de empréstimos novos dessa modalidade chegou a ultrapassar a casa dos 350 milhões de reais somente no último mês de maio.
Com tantos empréstimos assim no país é mais do que válido buscamos entender como e quanto do IOF incide sobre os empréstimos que talvez precisemos tomar. Isso pode nos ajudar a ter uma visão mais ampla e a nos programarmos melhor para quitar o parcelamento da dívida.
Assim, veremos com mais detalhes o que é o IOF, qual a sua função na economia nacional, como ele funciona, e em quais momentos ele é cobrado. Além disso, também veremos o quanto de IOF se pega por cada empréstimo e por fim, como lidar com algumas das situações nas quais não poderemos fugir dele.
Venha. Vamos conferir!
O que é o IOF?
IOF é a abreviação de Imposto sobre Transações financeiras. Assim, como o próprio nome sugere, é um imposto federal que pessoas físicas e jurídicas pagam toda vez que executam transações financeiras.
Além de funcionar como um gerador de renda para o Governo Federal, o IOF também cumpre o papel de controle sobre a economia do país. Isso significa que os dados das transações financeiras, que são coletados para o cálculo e pagamento do imposto, também podem ser usados para criar um índice que irá atuar como uma forma de medir a economia do país. Em resumo, podemos dizer que quanto mais IOF coletado, mais transações financeiras estão ocorrendo.
Isso não quer dizer que o aumento do IOF indica que o país está indo bem, pois ele também é cobrado dos empréstimos. Afinal, essa é uma das modalidades de transação financeira.
Quais são as vezes em que eu pago o IOF?
O IOF é cobrado sobre todas as operações que envolvam dinheiro, sejam transações de crédito, câmbio de moedas, seguros, valores mobiliários, etc. Outras incidências do IOF recaem sobre:
• Quando usamos o cartão de crédito para fazer compras fora do país, principalmente pela internet.
• Quando pegamos empréstimos ou financiamentos.
• Toda a vez que entramos no cheque especial. Esse também vale para o crédito rotativo.
• Ainda, quando fazemos um seguro, seja de vida ou mesmo para um bem.
Apesar de todas essas operações gerarem o IOF, não significa que ele é cobrado da mesma maneira em todas elas. Existem taxas diferentes que irão variar inclusive com o valor envolvido na transação.
Com tantos impostos, por que mais um?
Para responder a essa pergunta precisamos entender o contexto no qual o IOF foi criado e qual a sua finalidade.
Era muito comum que, algumas décadas atrás, investidores financeiros fizessem aplicações nas bolsas ou mesmo em bancos e retirassem o dinheiro algumas horas depois. Isso acontecia, pois as taxas de juros e a inflação eram muito altas. Assim, mesmo com pouco tempo o dinheiro aplicado rendia bons lucros.
O problema é que essas operações eram feitas em grandes volumes e acabavam atrapalhando e desestabilizando a economia. Dessa forma em 1994 o IOF foi implantado como forma de desestimular a tal prática, pois a cada operação, uma parte do investimento seria retida para o pagamento do imposto, diminuindo assim a margem de lucro da aplicação.
Fique ligado, pois acabou o prazo do IOF zero
No ano de 2020 houve uma ótima notícia para os empreendedores que precisavam de empréstimos. Em razão da pandemia de COVID-19 e o aprofundamento dos problemas financeiros do país, o Governo Federal resolveu isentar de IOF alguns tipos de empréstimos.
Infelizmente, esse tempo já passou. Durou apenas de junho a dezembro de 2020. Assim, atualmente, qualquer um que precise de um empréstimo terá que inevitavelmente pagar o IOF referente.
Afinal, como o IOF é cobrado?
Como dissemos antes, o IOF possui formas diferentes de incidência. Dessa maneira, em cada caso ou em cada tipo de operação é cobrado uma porcentagem que irá variar.
Vejamos algumas das principais.
As viagens para fora do país são diretamente afetadas pelo IOF. O IOF também é cobrado em uma alíquota de 1,1% sobre compras à vista ou vendas de moedas estrangeiras.
Assim, se você viajou ou vai viajar para o exterior, saiba que na hora de usar o cartão de crédito ou trocar a moeda terá de pagar uma taxa sobre o valor total da compra ou da troca. Além disso, na volta, caso queira converter a moeda novamente para o real, o imposto incidirá outra vez.
Outro caso em que você terá que desembolsar uma certa quantia é na aquisição de seguros. As seguradoras trabalham com taxas de juros variáveis: Quando um contrato de seguro é celebrado, a taxa de comissão varia entre 0,38% e 5% do valor pago à seguradora.
Por causa dessa grande variação das taxas, é indispensável estar sempre vigilante nos negócios com seguradoras. Vale lembrar ainda que a taxa mínima de IOF sobre os seguros é de 0,38%. Portanto, antes de fazer seguro, pesquise bastante.
O caso dos empréstimos pessoais
Como já sabemos os empréstimos também são taxados pelo IOF, aumentando o ônus de quem precisa contrair crédito, em qualquer que seja a situação.
Nesse caso ainda, é importante compreender que o IOF não é cobrado apenas uma vez. Muitas pessoas pensam que ao contraírem um empréstimo os cálculos de IOF já estão presentes e serão quitados de uma única vez, porém não é bem assim.
Vamos entender.
O primeiro IOF sobre os empréstimos é cobrado na hora em que se faz a emissão do dinheiro.
Digamos que você possui um pequeno salão de beleza, em sua casa mesmo, porém agora precisa fazer uma reforma para ampliar o espaço e atender melhor às suas clientes.
Assim, para arcar com os custos da obra e talvez para comprar alguns equipamentos e produtos novos, você resolve adquirir um empréstimo.
Aliais, se esse for o caso, você pode conferir as nossas condições aqui.
Voltando ao empréstimo. Resolvida, você toma o empréstimo. Para isso, utiliza o seu MEI. Assim que o dinheiro for liberado, sobre o saldo devedor será acrescentado um total de 1,5% Dessa maneira, se você pega um empréstimo de 10 mil reais, além das taxas de juros, você terá de pagar mais 150 reais de IOF.
Por outro lado, caso você escolha tomar o empréstimo como pessoa física, essa taxa será de 3%, ficando no valor total de 300 reais de IOF.
Porém, isso não é tudo. Há uma segunda cobrança de IOF que será adicionada a cada dia entre a emissão do empréstimo e sua quitação total. Essa taxa é de 0,0041%. Felizmente, ela é limitada a 3% do valor do contrato.
Nesse caso, digamos que você resolva pagar o empréstimo em 4 anos. Serão um total de 1460 dias decorridos da tomada do empréstimo até a sua quitação. Fazendo os cálculos chegamos ao valor aproximado de 598 reais. Como a cobrança é limitada a 3% ela fica em mais 300 reais que deverão ser pagos de IOF.
Caso o empréstimo fosse pago em um ano esse valor seria um pouco menor, aproximadamente 150 reais. Isso demonstra que se você pegar um empréstimo de 10 mil reais, talvez valha mais a pena quitá-lo dentro do primeiro ano, ou até o fim do segundo.
Ao contrário, se isso não for possível, em razão do limite de 3%, não vale a pena se preocupar com o IOF para decidir o número de parcelas que irá pagar.
Conclusão
Uma boa notícia sobre isso é que talvez a reforma tributária traga melhores condições sobre a incidência de IOF. A congresso já está debatendo o assunto.
Para nós, resta aguardar.
Esperamos ter esclarecido o quanto e como o IOF pode pesar no seu empréstimo e também ter ajudado a escolher os melhores caminhos e prazos de pagamento.
A propósito, se você está procurando por empréstimo facilitado, confira aqui as nossas condições.
Muito obrigado pela leitura.
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